Exercícios apropriados, repouso adequado, boa alimentação e tratamento moderno prolongam a carreira dos atletas

A medicina pode explicar a longevidade dos jogadores no futebol. A escolha dos exercícios mais apropriados e o repouso maior que a turma de 20 anos são aspectos essenciais para alguém com mais de 30. Com o passar do tempo, a regeneração dos músculos após o desgaste físico de uma partida demora mais e o jogador vai acusar as dores até 48 horas depois do jogo. O gasto de energia de um atleta nos gramados passou a ser estudado em profundidade, contando com o apoio da tecnologia.

Grande parte dos clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro adota o uso de um chip GPS para mapear o padrão de deslocamento do jogador em campo. Isso permite compreender o quanto ele costuma correr, a distância dos piques, o intervalo entre uma e outra arrancada. O resultado dessa leitura vai direcionar o tipo de treino do atleta. Se um jogador tem um padrão de piques de 15 metros, não faz sentido ele treinar arrancadas mais longas, por exemplo.

“O treino bem orientado preserva a saúde física do jogador, não há dúvidas. Tem de estar voltado para o tipo de atividade que cada um faz dentro de campo. É importante considerar que o repouso também é parte deste treino”, explica o médico ortopedista André Pedrinelli, especializado em medicina do esporte pela USP e diretor do centro médico de excelência da Fifa no Brasil, que fica no Hospital das Clínicas.

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