O IOT, em parceria com a Universidade Federal do ABC, realiza testes da aplicação clínica de prótese de mão feita em impressora 3D.
Segundo a física da Engenharia Biomédica da Universidade Federal do ABC (UFABC), Maria Elizete Kunkel, a prótese é baseada no modelo da África do Sul. Projetada em três dimensões no computador e impressa em material plástico numa impressora 3D, ela faz com que o amputado retome a função de pegar objetos. “A prótese é feita de ABS (plástico), elástico e fios de nylon. A pessoa que vai usa-la tem que ter a articulação que dará os impulsos de abrir e fechar”, explica.
Inicialmente pensada para crianças, a prótese está sendo adaptada no Brasil para ser usada provisoriamente por pessoas que sofreram acidentes de trabalho. Segundo a terapeuta ocupacional do IOT, Maria Cândida Luzo, a prótese construída a partir da impressora 3D representa um recurso de baixo custo e de grande funcionalidade, muito importante no resgate das funções cotidianas do indivíduo amputado em uma fase do tratamento, em que ainda não é possível pensar em próteses definitivas. “Os desafios são muitos e entendemos que, durante o tratamento, é fundamental manter o mínimo de independência nas atividades diárias. Esta prótese vem preencher a lacuna existente entre as fases de cicatrização e treino das funções motoras, até a colocação da prótese definitiva”, esclarece a especialista.
“Hoje, estamos replicando uma ideia, um desenho já concebido, mas pretendemos, através da parceria com a UFABC, ir além e desenvolver ainda mais o que já existe. A Terapia Ocupacional do IOT tem grande experiência na confecção de órteses e adaptações, e a UFABC tem uma equipe aberta a novas possibilidades. Quereremos trazer estas conquistas para o SUS, usar este recurso rotineiramente e melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes”, finaliza a terapeuta.