O Junho Verde é o mês de Conscientização Mundial da Escoliose. Desde 2013, O Dia Internacional da Conscientização sobre a Escoliose Idiopática é celebrado no último sábado de junho.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2 e 4% da população mundial possui escoliose idiopática, causada por desvio da coluna progressivo e sem causa aparente.Se considerarmos população brasileira, são aproximadamente 6 milhões de pessoas, em especial, adolescentes do sexo feminino, grupo etário com maior prevalência.
Existem vários tipos de escoliose: congênito, sindrômico, neuromuscular e idiopático. O tipo idiopático é o mais comum, e quando diagnosticado em fase precoce, a cirurgia pode ser evitada em 70% dos casos, de acordo com o especialista em coluna do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP, Alexandre Fogaça. “Evitando assim cirurgias complexas e de alto custo”, ressalta o especialista.
Segundo Fogaça, a evolução da deformidade pode causar dor, problemas respiratórios e até mesmo problemas neurológicos.
De maneira geral, ao olhar a pessoa de frente, a coluna vertebral parece reta, porém, quando observada de lado, tem curvaturas fisiológicas – normais – na região do pescoço (lordose cervical), do tórax (cifose torácica), da cintura (lordose lombar) e da pelve (cifose sacrococcígea), cujo formato lembra a letra ‘S’. Quando olhamos a pessoa de frente e vemos uma alteração dos níveis dos ombros ou da cintura, devemos suspeitar de escoliose.
O tratamento para a escoliose evoluiu muito ao longo das últimas décadas. Porém, depende da gravidade da deformidade da coluna e varia entre procedimentos não cirúrgicos como o uso de coletes, exercícios específicos e até tratamentos mais invasivos como cirurgias.